GameCultura

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26 abril, 2006

Gerard Jones hoje

Ok, acabei de voltar do SESC Consolação aonde acabou de acontecer a apresentação do Gerard Jones (Brincando de Matar Monstros, Ed. Conrad), e lançar o novo livro dele, Homens do Amanhão: geeks, gângsters e o nascimento dos gibis, pela mesma editora.

A fala dele foi bem baseada no livro anterior, em que ele mostra o videogame, em especial os violentos, como modelos seguros de relações sociais adversas. Falou um pouco sobre a complexidade das verdades múltiplas, sobre as observações do crescimento de seu filho, das suas experiências com jogos violentos, e da opinião da criança e adolescentes sobre eles; e isso é especial no trabalho do Jones, saber ouvir o seu público,s em chegar com modelos prontos de valores e condutas.

Fez referência por diversas vezes ao seu trabalho estar bem mais calcado à complexidade do adolescente do que a das crianças, embora nem público e nem a mesa tenha dado muita atenção a essa parte.

Na parte formal dos videogames citou o mau gosto imperativo das produções, e situou esse mau gosto como uma forma de agressão ao mundo que rodeia o adolescente. Independente disso, mostrou também como os produtores tem se esmerado em fazer tomadas cinematográficas bonitas apesar da realidade crua que eles insistem em propagandear.

Lembrou também que as imagens realmente influenciam, e é obvio que uma pessoa que vive essas imagens cotidianamente vai de alguma maneira ser influnciada por essas imagens. Por fim, sobre a diminuição da violência e sua possível relação com os games, ou a subsitutição desta por este segundo, ele prefere acreditar em um momento social mais propício a essa diminuição, independente dos videogames.

Ao fim, foram selecionadas algumas perguntas, aparentemente se optando pelas mais simples e popularescas, e desperdiçando-se a presença dos outros membros da mesa, que provavelmente nunca se repetirá.

Enfim, gostei, mas espero um dia poder assistir o Gerard Jones em um ambiente de pesquisa, com pessoas que já tenham pelo menos lido os livros dele, ou pelo menos façam alguns relacionamentos mais maduros e saibam aproveitar melhor a mesa.

Parabéns ao Sesc por mais essa iniciativa.